Com dizia Camilo Castelo Branco, a poesia não tem presente: ou é esperança ou é passado. Na folha do tempo, vive uma poesia que se desenvolve ao longo de impressões fortemente subjetivas, imbuídas de uma voz repartida entre vários encontros com o amor, a tristeza e a revolta, quase sempre com a natureza a sublinhar os momentos mais intensos, numa profunda cumplicidade emocional. Os poemas resultam de um trabalho constante de rememoração ou de projeção nesse caminho que o tempo constrói numa ansiedade de tocar o futuro. O pensamento liberta-se, quebra todas as amarras e caminha ao lado dos poemas trazidos pela voz do tempo. As palavras tomam asas e voam soltas numa ousadia de espírito, carregadas de sentimentos e emoções e, olhando a esperança e o passado, desabrocham em assombro, na senda da verdade e da incansável procura do ser.
Guadalupe Magalhães Portelinha é natural de Vila Real. Tem uma filha, a Ana Sofia. Licenciada em Filologia Germânica foi professora, formadora, técnica superior pedagógica, delegada sindical. Ativista cultural e associativa fundou e dinamizou várias Associações de caráter cívico, social, ambiental e cultural. Publicou artigos de opinião em jornais regionais e revistas. Tem um blogue “E se de repente numa folha se escrevesse…”, onde liberta o pensamento e a emoção. Publicou um romance “Um louva-a-deus num campo e girassóis”, sobre o amor e a luta antifascista.
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