A narrativa desenrola-se pelo século XX e inícios do século XXI. Conta a história de uma família da alta burguesia, proprietária de quintas no Dão e no Douro, temente a Deus e dada à cultura, e de uma outra, dona de fábricas de lanifícios, na Covilhã, descendente de judeus.
Ofélia, matriarca de uma das famílias, é a personagem central, que tudo pensa, planeia e controla, construindo uma teia de cumplicidades e silêncios. Herdeira rica, de ascendência fidalga, casa com o jovem Carlos, de apreciáveis posses, que morre prematuramente com a pneumónica. Do matrimónio nasce Tiago, futuro magistrado, pai de Rafael, que morre na Guerra Colonial, depois de casar por procuração com a filha dos caseiros, de nome Bárbara. A jovem viúva vem a casar com Lucas, filho adoptivo de um casal amigo, com a feroz oposição de Ofélia, que usa as maiores perfídias para o evitar.
À morte da matriarca, a velha governanta, Otelinda, desmonta cem anos de mentiras.
Nasceu a 27 de Setembro de 1955, na cidade de Luanda, de onde veio, com cinco anos de idade, passando a residir em Sátão, Viseu. É professor aposentado do ensino secundário. Licenciou-se em Ensino, na variante de Estudos, Ciências Económico-Sociais. Desde cedo, manifestou apetência pela escrita, colaborando, regularmente, em jornais locais e regionais e numa plataforma de comunicação digital. Publicou o livro O Carteiro (2018) e tem participado em inúmeras Colectâneas. Tem como referências Aquilino Ribeiro, Camilo Castelo Branco e Eça de Queiroz, que o acompanham nos gostos literários.
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