Para os médicos recém-licenciados que querem fazer a especialidade em Portugal, as regras são simples: fazer O Exame. Quem tem melhor nota escolhe primeiro. É assim há décadas. Mas há poucos anos atrás, começámos a ser mais candidatos do que as vagas. “Ou repetes o exame ou emigras.” ouvia eu nos corredores do hospital.
Em Maio de 2018, recebemos com entusiasmo e preocupação simultâneos, a publicação em Diário da República do despacho que regulava a nova prova nacional de acesso. 2019, o ano de implementação. O meu ano.
150 casos clínicos. 4 horas. 1 minuto e 36 segundos por pergunta.
Como já era tradição, começámos todos a estudar com um ano de antecedência, no início do 6º e último ano do curso. Mas enquanto passamos 12h em frente aos livros ou ao computador, a vida corre e muito. Esta é a história da minha corrida. E do que aprendi pelo caminho. Spoiler alert: a maioria das lições não consta da bibliografia recomendada.
Nasceu em 1995, em Lisboa. Concluiu, em 2019, o curso de Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), durante o qual se dedicou ao associativismo, tendo assumindo o cargo de diretora de Direitos Humanos e Ética Médica da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) em 2017. Trabalha atualmente no Centro Hospitalar Lisboa Norte.No que diz respeito à escrita, mantém o blogue The Nutsbook, fez parte da redação da Revista Ressonância e colabora ocasionalmente com outras publicações. Venceu o Concurso de Escrita para Alunos de Alemão do Goethe Institut na Categoria B1, em 2016, e o concurso de escrita ‘Carta a Mestre João’ promovido pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em 2010. Este é o seu primeiro livro.
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Opinião de Leitores
3 Comentários
3 avaliações de 1 Minuto e 36 Segundos
Avaliação 5 de 5
Adrian Rosa –
Comecei a lê-lo num dia, e no outro já o tinha terminado… é muito fácil deixar-se embalar por este livro!
A obra dá-nos um insight muito bonito à pessoa que a autora é! Vê-se na sua escrita a rapariga extrovertida e vivaz que a Pilar dá a ideia de ser, mas com uma profundidade que não tinha tido ainda a oportunidade de conhecer.
Tudo o que escreve cai num lugar muito familiar a qualquer estudante da FML, é fácil relacionarmo-nos.
O livro mostra-nos como o sexto ano se trata de um momento profundamente transformador na vida de qualquer estudante de Medicina, e permite-nos ver o quão singular é o percurso de cada um. Como leitor, e aluno de quinto ano, vi-me forçado a parar e perguntar-me desde já: Como quero eu fazer esta caminhada?
Obrigado por esta obra Pilar!
Avaliação 3 de 5
Soraia Couto –
Uma obra muito interessante, onde a autora se dá a conhecer a si mesma e onde nos conta a jornada que é o curso de medicina.
A escrita é simples, fluída, sarcástica por vezes e, sobretudo, sincera.
Uma obra a não perder! ?
Para uma opinião completa ler aqui: https://www.instagram.com/p/CFrQnDljKM-/?igshid=1h4pobdg84wi6
Avaliação 5 de 5
Madalena Pupo Correia –
Um ano de estudo reduz-se a 1 minuto e 36 segundos. Repetidos 150 vezes. Pedem-nos que automatizemos uma quantidade obtusa de conhecimento, para nos agraciarem, muitos meses depois, com uma “escolha” que determina o nosso futuro.
Este minuto e 36 segundos humaniza essa caminhada. Dá-nos a conhecer a vida fora das horas de estudo a família, os amigos e os acontecimentos. A Pilar encontra-se espelhada nesta escrita enérgica, cheia de sonhos, e a combater desafios humanos.
A linguagem médica traduz a cortina que nos tolda o ano de estudo e absorção pelo exame, como se tudo fosse vivido à luz disso. O ano dividido nas catorze especialidades, que retratam episódios de vida da autora, expressa o contraste entre a artificialidade e mecanização a que nos tentam subjugar e os gritos próprios da recusa em deixar de ser pessoa.
Para todos os que vão passar pelo exame, este livro dá-nos esperança que o sucesso se meça não só pela nota, mas pelo quanto podemos crescer. E que brilhante exemplo temos disso!
Aos familiares e amigos que conhecem o estudante sempre de nariz enfiado nos livros, leiam e lembrem-se que queremos ser muito mais do que futuros médicos.
3 avaliações de 1 Minuto e 36 Segundos
Adrian Rosa –
Comecei a lê-lo num dia, e no outro já o tinha terminado… é muito fácil deixar-se embalar por este livro!
A obra dá-nos um insight muito bonito à pessoa que a autora é! Vê-se na sua escrita a rapariga extrovertida e vivaz que a Pilar dá a ideia de ser, mas com uma profundidade que não tinha tido ainda a oportunidade de conhecer.
Tudo o que escreve cai num lugar muito familiar a qualquer estudante da FML, é fácil relacionarmo-nos.
O livro mostra-nos como o sexto ano se trata de um momento profundamente transformador na vida de qualquer estudante de Medicina, e permite-nos ver o quão singular é o percurso de cada um. Como leitor, e aluno de quinto ano, vi-me forçado a parar e perguntar-me desde já: Como quero eu fazer esta caminhada?
Obrigado por esta obra Pilar!
Soraia Couto –
Uma obra muito interessante, onde a autora se dá a conhecer a si mesma e onde nos conta a jornada que é o curso de medicina.
A escrita é simples, fluída, sarcástica por vezes e, sobretudo, sincera.
Uma obra a não perder! ?
Para uma opinião completa ler aqui:
https://www.instagram.com/p/CFrQnDljKM-/?igshid=1h4pobdg84wi6
Madalena Pupo Correia –
Um ano de estudo reduz-se a 1 minuto e 36 segundos. Repetidos 150 vezes. Pedem-nos que automatizemos uma quantidade obtusa de conhecimento, para nos agraciarem, muitos meses depois, com uma “escolha” que determina o nosso futuro.
Este minuto e 36 segundos humaniza essa caminhada. Dá-nos a conhecer a vida fora das horas de estudo a família, os amigos e os acontecimentos. A Pilar encontra-se espelhada nesta escrita enérgica, cheia de sonhos, e a combater desafios humanos.
A linguagem médica traduz a cortina que nos tolda o ano de estudo e absorção pelo exame, como se tudo fosse vivido à luz disso. O ano dividido nas catorze especialidades, que retratam episódios de vida da autora, expressa o contraste entre a artificialidade e mecanização a que nos tentam subjugar e os gritos próprios da recusa em deixar de ser pessoa.
Para todos os que vão passar pelo exame, este livro dá-nos esperança que o sucesso se meça não só pela nota, mas pelo quanto podemos crescer. E que brilhante exemplo temos disso!
Aos familiares e amigos que conhecem o estudante sempre de nariz enfiado nos livros, leiam e lembrem-se que queremos ser muito mais do que futuros médicos.